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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Prêmio Hip-Hop - Divulgado resultado do Prêmio Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez

Foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 13 de dezembro, a relação das iniciativas escolhidas no Prêmio Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez, promovido pela Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) em parceria com a Secretaria de Cidadania Cultural (SCC/MinC), o Instituto Empreender e a Ação Educativa.

O Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez é a primeira ação de fomento e reconhecimento nacional realizado pelo Governo Federal, resultante de dois anos de diálogo com o movimento hip hop. Foram realizadas em torno de 150 oficinas de capacitação para inscrição em todo o território nacional, o que resultou em 1.100 propostas inscritas, 900 delas habilitadas, de todos os estados do país.

Foram ao todo 135 premiados, em cinco categorias, de todos os estados do País. Cada um receberá R$ 13 mil, em um total de R$ 1.755.000,00 de recursos do MinC. Desse universo, um foi para Miriam Bezerra, viúva de Preto Ghóez, homenageado nesta eidção do prêmio.

O Ministro da Cultural, Juca Ferreira, disse estar satisfeito com “todo o processo dessa primeira premiação para o hip hop”. Ele lembrou que teve a “sorte de conhecer Preto Ghóez” e que à época, Ghóez visitou o Ministério da Cultura para conversar sobre a necessidade de “reconhecimento do hip hop como uma manifestação cultural das mais ativas, das mais fortes, das mais potentes que o povo brasileiro produz”.

Para Juca Ferreira, o prêmio é parte de um processo mais amplo de “reconhecimento da diversidade cultural brasileira, da liberdade de criação e de expressão, em que ninguém tem o direito de dizer o que é brasileiro e o que não é, o que é meritório e o que não é, o que é importante e o que não é, quer dizer, é o conjunto que é importante, é essa liberdade de criação, de opção, de fusão, de amalgamento, de mistiçagem que o Brasil exercita desde que se entende por Brasil”.

Para o Secretário de Identidade e Diversidade Cultural, Américo Córdula, o prêmio foi uma surpresa em termos de quantidade e diversidade de inscrições , “vamos ter desde movimentos do hip hop em aldeias indígenas no Mato Grosso do Sul, uma grande participação das mulheres, das MCs, sendo reconhecidas pela importância da sua militância no hip hop, além de experiências como cinema voltado para o hip hop, a arte da rua, os graffitis.” Ainda segundo Córdula, “o Ministério da Cultura acredita estar colaborando com o reconhecimento do hip hop como um dos fatores importantes na construção da nossa identidade e da nossa diversidades cultural”.

Outro destaque do Prêmio Hip Hop 2010 foi a grande participação feminina. Dos 135 projetos selecionados, 30 foram protagonizadas por mulheres, ou seja 22% do total.

O prêmio foi regulado pelo Edital SID/MinC nº 05, de 15/04/2010, publicado no Diário Oficial da União em 16/04/2010.

FONTE - LISTA DO SELECIONADOS, CALSSIFICADOS E DESCLASSIFICADOS - http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/12/Premio-Cultura-Hip-Hop-Lista-de-Premiados.pdf


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Baile Black do Ano - 2010



O Baile Black do Ano é um encontro anual da massa black da cidade de Jacareí, interior do estado de São Paulo - Brasil. Conhecido pelo título de FLASH BLACK o baile acontece uma vez por ano desde 2005. Resultado de experiências dos anos 70 e 80 onde o objetivo da galera era encontrar com os amigos e dançar ao som das bandas negras norte-americanas. Repertório base na Soul, Funky Soul, Rythms&Blue, Slow Jam e Samba-Rock.

Edições Anteriores
2005 - Trianon Clube 2006 - Clube da Saudade 2007 - Esporte Clube Elvira 2008 - Ponte Preta Futebol Clube 2009 - Ponte Preta Futebol Clube - 2010 Ponte Preta Futebol Clube.


Público Alvo
Amantes da black music old school, anos 70, 80, 90. Há espaço também para os apreciadores de músicas nacionais com o enfoque na soul music, como Tim Maia, Sandra de Sá, Carlos Dafé, Cassiano, Banda Black Rio, Gerson King Combo, Tony Bizarro, Thaíde,entre outros.











MAIS INFORMAÇÕES - www.obaileblackdoano.blogspot.com

sábado, 4 de dezembro de 2010

Livro How To Rap, para desvenda os segredos da rima, por Chuk D


A algum tempo atrás foi lançado o livro “How To Rap: The Art and Science of the Hip Hop MC” (Como fazer rap: A arte e ciência do MC de Hip Hop), livro que aborda mais de 104 MC’s e desvenda técnicas de composição, explica como funciona a levada (flow), entre outras coisas.

Chuck D, Public Enemy, foi um dos entrevistados e logo abaixo temos a entrevista na íntegra feita pelo autor do livro, Paul Edwards, onde ele fala sobre composição, levada, performance ao vivo e divide um pouco da sua experiência.

How To Rap – Como você aprendeu a fazer rap?
Chuck D: Eu não sei se eu realmente ‘aprendi’ a fazer rap, a única coisa que sei é houve um tempo em que não existia Rap na música. Quando eu estava crescendo tínhamos os Last Poets e James Brown. Depois eu me animei ao saber sobre alguns caras do Bronx que estavam fazendo essas fitas (fita k7), e fiquei intrigado com o ritmo e com a maneira deles apresentarem seus raps. Daquele dia em diante, eu meio que imitei o que ouvia, gostava dos caras que tinham boas vozes como o (Grandmaster) Melle Mel. Eu os achava incríveis, inacreditáveis, então eu segui o estilo desses caras por algum tempo e mais tarde descobri e inventei o meu.

HTR – Você chegou a memorizar letras de outras pessoas?
CD: Sim, caras como DJ Hollywood, Eddie Cheeba e pessoas do gênero, eu os achava muito bons e gostava do jeito que faziam tudo.

HTR – Você treinou muito a escrita antes de se sentir bom o suficiente para se apresentar perante ao público, ou gravar alguma coisa?
CD: Na verdade não, eu sempre fui uma pessoa artística. Sempre fui bom com as artes: desenhar, pintar e coisas do tipo. Eu lembro que queria me tornar um locutor de esportes ou comentarista, então o uso da minha voz veio primeiramente daí.

HTR – Quando escreve, você tem um processo esquematizado (algo como uma fórmula)?
CD: O jeito que eu mais gosto de escrever é bolando o título antes de tudo, para depois criar e trabalhar o resto.

HTR – Você escreve tudo no papel?
CD: Eu gostaria, mas o computador tem me ajudado muito nos últimos 10 anos. Eu escrevo no papel, mas depois arrumo tudo no computador.

HTR – Você alguma vez ‘escreve’ ou já ‘escreveu’ de memória? (escreve a letra na mente)
CD: Não e sinceramente acho que esse é um processo muito desleixado. Eu acho que você até pode fazer algo brincalhão e frívolo desta forma, mas se quer fazer algo que tenha alguma substância ou algum conteúdo e que fique por aí, na mente das pessoas, por um bom tempo, por experiência própria, deve ser escrever antes.

HTR – De onde vem a maioria de suas idéias?
CD: Do mundo, das vizinhaças e áreas à minha volta. Existe um mundo imenso que circunda cada um de nós.

HTR – Você acha que ter um vocabulário vasto ajuda?
CD: Bem, você está usando palavras certo? Então não importa em que idioma esteja rimando, é sempre de grande ajuda saber o maior número de palavras que puder. As palavras são a sua artilharia.

HTR – Pois é, mas você acha que pode ficar muito além do que o público pode entender se ficar muito complexo?
CD: É, bem, você pode até ficar além de alguns, mas acertar outras mentes. Acho que não deve existir tanta preocupação com as outras pessoas o tempo todo, algumas vezes o importante mesmo é fazer o que você sente.

HTR – Você pesquisa informações para as suas letras?
CD: Eu acho que faz sentido pesquisar sobre os fatos se você vai falar sobre alguma coisa profunda. É preciso prestar atenção no que se está falando então a pesquisa tem que vir de várias fontes. Eu acho que é fundamental poder provar intelectualmente ou academicamente o que se diz. É algo inteligente a se fazer, se você quer ser inteligente no que faz.

HTR – Você acha que um número maior de MC’s deveriam abordar tópicos mais importantes?
CD: Bom, eu acho que é burrice uma pessoa de 40 anos não abordar assuntos que estão presentes na mente de um cara de 40 anos. Se uma pessoa com 40 anos está tentando adivinhar o que se passa na cabeça de um cara de 20……me diga, o quanto você quer ouvir esta pessoa?

HTR – Você acha que o Hip Hop vai voltar a ser mais político?
CD: Já está, isso depende de o que você está procurando e onde você está procurando. Eu acho que lugares como myspace e Youtube, e todos os similares na internet, tornam possível descobrir um grande número de pessoas novas fazendo o que acham importante.

HTR – Você acha que o movimento vai se tornar mais político de novo, no nível do mainstream?
CD: Eu não posso fazer essa previsão – o mainstream tem um monte de coisas diferentes acontecendo com ele, coisas das quais eu tento me manter longe ou alheio. Tentar prever isso é como tentar prever o tempo, e eu não sou um bom homem do tempo.

HTR – Você gosta de ter um conceito planejado antes de começar a escrever…..você mencionou que gosta de começar pelo título?
CD: Sim, com um título você consegue preencher as lacunas e ter uma conversa clara sobre o que está falando. O que eu quero dizer é, como você pode ter uma conversa clara sobre alguma coisa, se você não sabe sobre o que está falando?
Eu acho que em grande parte das vezes, o problema com os rappers é que eles não se escutam. Esse é um grande problema com a música rap no momento – eles ouvem só o que faz sucesso, mas eles não se escutam. É mesma coisa que alguém falar o tempo todo e nunca parar para escutar os outros.

HTR – Você alguma vez começa a escrever sem ter um conceito ou idéia formada previamente?
CD: Letras, algumas vezes, simplesmente aparecem na minha cabeça. Ás vezes um grande pensamento ou grande idéia surge na minha cabeça, e eu quero construir uma letra a partir daquilo. Meu segredo é sempre anotar esse pensamento porque existe uma grande chance de eu perde-lo. Escrever as coisas, muita vezes, me salva.

HTR – Você tem algum modo particular de escrever a levada (o flow)?
CD: Eu tenho alguns modos, sim. Ás vezes escrevo uma linha (sublinhar) ou faço um bom mapeamento onde eu anoto na página um monte de idéias diferentes.

HTR – É difícil rimar e fazer sentido ao mesmo tempo?
CD: Sim, é sim. Apesar disso, algumas vezes você não precisa rimar, algumas vezes você pode escrever algo profundo e não rimar, mas colocar uma palavra de terminação similar.

HTR – Quanto tempo você leva, em média, para escrever uma letra?
CD: Depende, algumas vêm rápido e outras aparecem durante um ano. Algumas vezes a coisa flui melhor quando demora mais , ás vezes o resultado fica melhor quando é rápido. A músida “Harder Than You Think” (do álbum “How You Sell Soul To a Souless People Who Sold Their Soul” , do Public Enemy) foi totalmente inspirada na música (instrumental) para que a letra pudesse ser escrita rapidamente, então ‘Harder Than You Think’ é provavelmente a música que escrevi mais rápido e provavelmente a música mais rápida para executar também.

HTR – Você gosta de escrever para o instrumental que irá usar na música terminada?
CD: Ás vezes é possível escrever para o instrumental, ás vezes as palavras tem o seu próprio som e andamento.

HTR – Os produtores com quem você trabalha tem alguma interferência nos seus trabalhos?
CD: Sim, toda música que já escrevi foi colaborativa.

HTR – O seu jeito de escrever mudou desde que você começou?
CD: Sim, como um escritor você tem que saber mexer e lidar com várias técnicas diferentes. Sempre procurei fazer isso.

HTR – Você costuma usar a maioria das rimas que escreve?
CD: Eu tento. Estou sempre escrevendo então sempre vai existir alguma coisa que eu não vou usar, mas que posso aproveitar para alguma outra coisa.

HTR – O que é mais importante: o assunto abordado ou a levada?
CD: Eu acho que estas duas coisas estão pau a pau. Quando você está lendo palavras diretamente do papel, elas talvez não tenham a levada necessária, mas podem ter longevidade. E ás vezes você ouve algo e talvez nunca precise ler as palavras para entender, e aí você descobre que a levada também pode ser longeva. A levada tem mais a ver com a habilidade vocal, e as palavras tem mais a ver com a habilidade de escrita.

HTR – Se alguém tiver uma levada muito boa, isso pode chegar a compensar o fato de esta mesma pessoa não ser muito boa em abordar assuntos?
CD: Até pode, mas sempre por um período curto de tempo. Depois de um tempo vai ser tipo: “Okay o que mais você tem a oferecer? Ou, o que podemos fazer com isso?”

HTR – Foi um processo diferente quando Paris escreveu o seu álbum “Rebirth Of Nation”?
CD: Foi um pouco diferente, mas ele escreveu de uma forma que se assimilou a trabalhos que eu já tinha feito. Ele teve uma grande profundidade quando escreveu aquelas palavras e quando ele compôs a levada, se baseou no que eu já tinha feito. Ele definiu uma guia vocal para ser seguida – o jeito com que ele construiu tudo foi praticamente uma ciência, ele é tipo uma cientista/músico.

HTR – Com “Black Steel In Hour of Chaos”, você planejou a história antes, ou você foi construindo tudo conforme o processo avançava?
CD: Eu fiz conforme o trabalho ia andando. Algumas vezes eu escrevo uma idéia em algum lugar, e depois encaixo em algum tipo de levada poética.

HTR – Você memoriza a letra antes de gravar?
CD: Algumas vezes memorizo – é bem legal ter ela memorizada porque você pode brincar mais com ela. Com algumas coisas que eu tenho memorizadas, consigo criar e inventar vários tipos de entonação que talvez não conseguisse se estivesse lendo.

HTR – Você planeja quando e onde você vai respirar na faixa, para que você não perca o fôlego?
CD: Isso acontece enquanto eu escrevo. Quando se está escrevendo as palavras, você sabe o que é uma impossibilidade e o que é uma possibilidade. Então, se você precisa respirar e tem uma palavra comendo a outra, você provavelmente vai ter que optar entre respirar e concluir o pensamento.

HTR – Você acha muito importante ter uma voz que se destaque?
CD: Eu acho, mas só posso falar por mim mesmo porque tenho uma voz diferente – se você tem uma voz que se distingue das outras não importa que idioma fale, você vai atrair atenção. Eu só conheço o inglês, mas digamos que eu vá para uma parte da Espanha onde eles só falam e entendem espanhol, a levada e a presença vocal vão se tornar prioridade.

HTR – Alguém que não tem uma boa voz pode se virar, se for um compositor muito bom?
CD: Ele deve ser um grande escritor, e em termos de performance pode até se tornar um bom performer, mas vai precisar de muito mais treino, dedicação e trabalho para superar um cara que tem apenas uma grande voz.
HTR – O que você acha que faz uma performance ao vivo ser boa?
CD: Projeção, convicção, crença naquilo que você está dizendo, confiança. A melhor performance é aquela em que você está falando com um público que não acredita muito no seu trabalho ou simplesmente não se importa ,e por isso não se esforça para prestar atenção, e no fim da sua apresentação você fez este mesmo público entender o que você quis dizer, a mensagem que queria passar.

HTR – O que você acha dos MC’s atuais se comparados com os mais antigos?
CD: Eu acho que os MC’s de hoje em dia estão tentando descobrir como serem similares uns aos outros, e os MC’s mais antigos sempre tentaram descobrir como serem diferentes um dos outros.

Fonte: HH DX

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba


Sabe por que o Dia Nacional do Samba cai em dois de dezembro? Não, não é a data de nascimento de Tia Ciata. Também não é quando gravaram "Pelo Telefone". Muito menos quando Ismael Silva e os bambas do Estácio fundaram a Deixa Falar. O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional.
Atualmente duas cidades costumam comemorar o Dia do Samba, Salvador e Rio de Janeiro. Sob a batuta do músico Edil Pacheco, Salvador sempre tem promovido grandes shows no Pelourinho com os ótimos e injustamente desconhecidos sambistas locais. Gente como Riachão, Ederaldo Gentil, Nelson Rufino, Roque Ferreira, Walter Queiroz, o próprio Edil, e o falecido Batatinha, recebendo convidados mais famosos, como Paulinho da Viola, Elza Soares, Beth Carvalho e Dona Ivone Lara.
No Rio a divertidíssima festa fica por conta do Pagode do Trem. A idéia do samba surgiu quando moradores de Oswaldo Cruz resolveram criar um movimento para revitalizar o bairro, era o "Acorda, Oswaldo Cruz". No Dia do Samba o pessoal se reúne na Central do Brasil, lota um trem e vai tocando e cantando até Oswaldo Cruz, lá formam-se trocentas rodas de samba. Depois que começou, descobriu-se que já havia sido criado décadas antes por uma das mais importantes figuras do bairro, Paulo da Portela. Naquela época o samba era perseguido pela polícia. Os sambistas faziam suas reuniões e promoviam animadas rodas dentro dos vagões do trem. Hoje o Pagode do Trem faz parte do calendário oficial da cidade e tem estado cada ano mais cheio.
Este ano o samba cairá num sábado. O esquema é o seguinte, a partir das 18h começa a concentração -- com muita cerveja, claro - na Central do Brasil. Já há um trem inteiro reservado para o samba. Ano passado foram oito vagões ultra lotados, este ano já reservaram 12. Cada vagão vai com um grupo que agita uma das rodas de samba do Rio, tem o vagão da Velha Guarda da Portela, do Bip-Bip, o da Teresa Cristina e grupo Semente, o da Tia Doca e Sonho Real, e por aí vai. O trem vai direto para Oswaldo Cruz, fazendo apenas uma parada na Mangueira para pegar a velha guarda verde e rosa. Chegando, você verá a maior concentração de rodas de samba já feita. Basta umas três pessoas se encontrarem para fazer uma. O clima é um barato.
Mas é bom se preparar. É uma verdadeira maratona. Começa às 18h e vai até o último sobrevivente. No trem, vai todo mundo em pé no vagão lotado. Se não ficar perto dos músicos é até difícil escutar algo. A festa é ótima e divertidíssima, mas não vá esperando grande coisa na parte musical. O melhor é mesmo a bagunça. A Beth Carvalho costuma aparecer para dar uma força e sempre canta algo.
Ano passado chegou a ter uma regulagem sobre quem poderia ficar no vagão com os músicos mais conhecidos. A sugestão é fugir dele, fica cheio de repórteres, câmeras, chatos, luzes e gente querendo aparecer. São os menos divertidos. Preocupante este ano é que estão promovendo o evento, que nunca teve muita mídia, na - argh! - FM O Dia. Espero que não estrague a linda festa.


Paulo Eduardo Neves
(Webmaster do site Samba-Choro)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

RED BULL BC ONE - Brasileiro vence a batalha internacional de b-boys



Neste sábado, 27 de novembro, o Brasil entrou para a história do break dance internacional com a vitória do b-boy Neguin no Red Bull BC One 2010. O brasileiro chegou à final e levou o público ao delírio com seus movimentos. Neguin conquistou quatro dos cinco votos dos juízes e bateu o holandês Just Do It. O outro brasileiro era o b-boy Kapu, de Belém do Pará, que saiu da disputa logo na primeira rodada.

Mais de três mil pessoas acompanharam o evento, realizado na arena construída no estádio Yoyogi, originalmente utilizado para a Olimpíada de 1964. Os 16 b-boys participantes foram avaliados por sua habilidade, personalidade e estilo durante as batalhas homem a homem.

Em sua segunda participação, Neguin enfrentou nomes de peso da cena internacional de break dance como o norte-americano Thesis. Porém, sua batalha mais difícil foi contra o venezuelano Lil G, quando os juízes, entre eles o bicampeão Lilou, deram vitória ao brasileiro por 3 a 2. Para o b-boy, sua versatilidade e autenticidade o ajudaram a vencer a competição. Ele também disse que sua fonte de inspiração é infinita: “Tudo que eu vejo, posso traduzir em movimentos. Um pássaro voando pode virar dança”.

A batalha internacional de b-boys é realizada desde 2004, sempre em uma cidade diferente do planeta. De lá para cá, a competição mundial já passou por Biel (Suíça/2004), além de Berlin (2005), São Paulo (2006), Johannesburgo (2007), Paris (2008) e Nova York (2009). Esta foi primeira vez que Tóquio recebeu a disputa. A competição teve transmissão ao vivo, a partir das 8h da manhã (horário de Brasília), via redbull.com.br.

Localizado entre os famosos distritos de Shibuya e Harajuku, o estádio Yoyogi encontra-se no centro do cenário da cultura jovem de Tóquio, onde música, moda e a vida noturna se encontram. A região é considerada umas das mais movimentadas do mundo.

Sobre o campeão:

Pela segunda vez disputando o Red Bull BC One, o b-boy Neguin já figura entre os grandes nomes do cenário internacional do break dance. Atualmente vivendo entre Nova York e Londres, o b-boy iniciou a sua carreira em Cascavel, sua cidade natal, aos 14 anos de idade. Foi quando ganhou o seu apelido. “Era assim que meu professor de capoeira me chamava”, conta.

A carreira seguiu para Itajaí/SC, cidade em que morava quando participou pela primeira vez do Red Bull BC One, em 2009, na cidade de Nova York. Na ocasião, Neguin impressionou os jurados e, pelo visto, não foi pouco. Antes de viver só da dança, Neguin já trabalhou em rede de fast-food e até em escritório de contabilidade.

Na ponte Nova York-Londres em que vive atualmente, ele dá aulas de break dance, é juiz em batalhas de b-boys e ainda integra o grupo de dança do London Dance Company no show Blaze. Aliás, viver da dança e poder ajudar a sua família estão entre os grandes orgulhos do b-boy; conhecido por seu estilo que mescla saltos mortais, movimentos rápidos e ritmo constante. “Eles me ensinaram tudo que há de melhor na vida: educação, cultura e sempre amar o que se faz”, resume sobre os familiares.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

IV Encontro Paulista de Hip Hop traz Max B.O, MV Bill e DJ Erick Jay


Na próxima sexta-feira, 26 de novembro, acontece a abertura do IV Encontro Paulista de Hip Hop. O evento começa às 19h, na Galeria Olido, aonde o público poderá assistir ao lançamento do documentário ‘Nos tempos da São Bento’. A idéia do filme é resgatar a memória dos que fizeram a história do Hip-Hop no espaço do Metrô São Bento – Centro de São Paulo.
No dia seguinte, 27 de novembro, o encontro estreia com a apresentação do rapper Max B.O, no Memorial da América Latina às 11h. A programação traz diversas oficinas, exposições, bate-papos e ícones do Hip Hop. Também está garantida a participação de MV Bill, Mc Enézimo e o DJ Erick Jay – Bicampeão do DMC Brasil.
O evento promove discussões relevantes como a fama do hip-hop como uma cultura e um movimento de negritude, de afirmação e política. Haverá ainda a junção entre Repentistas, Mc’s, Partideiros e Capoeiristas, em uma troca de experiência sobre a improvisação feita no rap e na embolada.
As atividades acontecem em ambientes interno e externo, oferecendo palestras, work shops, batalhas de Mc’s e de Breaks. Além disso, o público terá a oportunidade de conhecer a Exposição Consciência Negra Em Cartaz, que será lançada na ocasião.
A programação também serve para as crianças, com a oficina de Breaking I e II (B.Boying / BGirling) para faixa etária de 05 a 12 anos com BISPO SB e a Hora do conto II com MARIA EDITHE.

PROGRAMAÇÃO: IV ENCONTRO PAULISTA DE HIP HOP
Dia 26/11 às 19h – Lançamento do Documentário “NOS TEMPOS DA SÃO BENTO – Galeria Olido, Av. São João, nº 473, Centro.

Dia 27/11 a partir das 11h – MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA
APRESENTAÇÃO
MAX B.O
10h – NO ROLÊ COM OS LOW RIDER
Saída da Av. São João, em frente à Galeria, rumo ao Memorial da América Latina
OTRA VIDA BIKE CLUB CONVIDA: VIDA REAL CAR CLUB, NEW MAFIA CAR CLUB, GUADALUPE CAR CLUB, CLÃ MUNHÃO BIKE CLUB,
ÁREA EXTERNA
TROCANDO IDÉIA
11h às 18h – Low Rider e Low Bikes
OUTRA VIDA BIKE CLUB, GUADALUPE CAR CLUB, VIDA REAL CAR CLUB, CLÃ MUNHÃO BIKE CLUB, NEW MAFIA CAR CLUB

BAOBÁ
12h abertura do evento
Márcio Santos – Assessor Especial de Projetos para Hip Hop
Ana Lú Silva Souza – Curadora
Toddy OPNI – Criação da Arte
MC – ENÉZIMO
12h às 13h30min
BATE PAPO I
DO GUETO PROS MUNDOS
Do Gueto Pros Mundos pretende trazer à tona a notoriedade do hip-hop como uma cultura, como um movimento de negritude, de afirmação, de política. Fala do hip-hop como um universo que multiplica em incontáveis pedaços as possibilidades de atuação, de alcance e de influência dos quatro elementos – MC, DJ, Gaffite, a Dança. O que se pode dizer das maneiras de como o hip-hop faz e acontece nos guetos, nos mundos!
MV BILL CONVIDA:
ERICA PEÇANHA
MESTRE MARROM (GRUPO DE CAPOERA ANGOLA IRMÃOS GUERREIROS)
LEITORES CRÍTICOS: KIZIE DE PAULA AGUIAR SILVA (RIO CLARO/SP). FÁBIO “CORVO” VIEGAS (PORTO FELIZ/SP) e RODRIGO DE OLIVEIRA “DIMENOR” VICENTE (CAPITALSP)
13h30min às 14h30min
Work Shop de DJ c/ DJ KL JAY
15h30min às 17h
BATE PAPO II
ESTILO, ESTÉTICA E ÉTICA!
Estilo, ética e estética tratam de um modo de dizer, de agir, de revelar-se em meio a sociedade com a intenção de ser algo ou alguém marcando presença. A idéia é tratar a estética entrelaçada com ética. Dessa forma a estética para muito além do senso comum da aparência, mostra-se como estilo, estilo de vida retratado no modo de vestir-se, da maneira do cabelo ou forma de circular com o corpo negro ou da cultura negra.
FABIANA COZZA convida:
GEVANILDA SANTOS
RINCON SAPIÊNCIA
LEITORES CRÍTICOS: ANA LUCIA “ZULU QUEEN ANA” BRAZ (PIRACICABA/SP), MARILUCY “MARY” OLIVEIRA (CAPITAL/SP) e MARCIO BROWN (SOROCABA/SP)
17h – Apresentação CIA ECLIPSE ART

GRAFFITANDO NO ENCONTRO
12h às 18h30min – OPNI convida TIKKA E PAM
13h30min às 14h30min – oficina de graffiti I
15h30min às 16h30min – oficina de graffiti II

RAPentinaMENTE
14h30min às 15h30min
EMBOLADA – PENEIRA E SONHADOR
FREE STYLE – KAMAU E MARCELLO GUGU
BEAT BOX – FERNANDINHO BEAT BOX
SAMBA DE IMPROVISO – RODRIGO CAMPOS
RODA DE CAPOEIRA – GRUPO DE CAPOEIRA ANGOLA IRMÃOS GUERREIROS

SOBREVIVENDO NA ARENA
17h às 17h30min
BATALHA DE BREAK
17h30min às 18h
BATALHA DE MC’S
Inscrições 01 hora antes

Encontro entre Repentistas, Mc’s, Partideiros e Capoeiristas, numa troca de experiência sobre a improvisação, apresentando ao público a versatilidade da cultura brasileira e a agilidade da rima de improviso feita no rap e na embolada.
ÁREA INTERNA
AUDITÓRIO SIMON BOULIVAR
FOYER
LANÇAMENTO DA EXPOSIÇÃO CONSCIÊCIA NEGRA EM CARTAZ
11h – Exposição de graffiti – Graffiteiras BR – Có – Curadoria TIKKA

Na Literatura – Livrarias KITABU (RJ) e SOBÁ (BH)

ESPAÇO ERÊ
12h às 13h – Oficina de Breaking I (B.Boying / BGirling) para crianças de 05 a 12 anos com BISPO SB
13h às 13h30min – Hora do conto I com INAIÁ ARAÚJO
15h30 às 16h30 – Oficina de Breaking II (B.Boying / BGirling) para crianças de 05 a 12 anos com BISPO SB
16h30min às 18h – Hora do conto II com MARIA EDITHE (BH)

ESPAÇO OMIM
18h às 19h
ELIZANDRA SOUZA convida:
AKINS KINTÊ
RAQUEL ALMEIDA

AUDITÓRIO – SHOW
19h30min
DJ ERICK JAY – BICAMPEÃO DO DMC BRAZIL 2010
20h
DESCONTROLE
20h30min
MV BILL

sábado, 20 de novembro de 2010

II ENCONTRO DE HIP HOP SAUDE - VALE DO PARAIBA‏


Como parte da comemoração do Dia Mundial de Luta contra a AIDs, a A Secretaria de Saúde de Guaratinguetá, através do Programa Municipal de DST/AIDS realiza, nos dias 04 e 05/12, das 9 às 17h, na EE Conselheiro Rodrigues Alves, o II Encontro de Hip Hop e Saúde.

Essa ação do Sistema Unico de Saúde municipal, elaborado em parceria com o MC Oliveira, do grupo 4EH2 de Guaratinguetá e com a Secretaria Estadual de Educação, através do Programa Escola da Família/ Projeto APE ,tem por objetivo orientar sobre as DST/HIV/AIDS e envolver os jovens do município nas ações de prevenção, utilizando os 5 elementos da cultura hip hop: a dança, a música, o grafite, o MC e o conhecimento.

O tema deste ano é Prevenção também é coisa de mulher : O protagonismo feminino na prevenção das DST/AIDS e as atividades realizadas pretendem discutir a feminilização da epidemia de aids e o papel da mulher na prevenção.

O II Encontro de Hip Hop e Saúde contará com a apresentação de rappers, grafiteiros, grupos de break e a presença de convidados como King Nino Brown da Casa do Hip Hop de Diadema e Zulu Nation do Brasil, Betinho do Programa Hip Hop em Ação do Vale do Paraiba, Susanna Lira, cineasta do Rio de Janeiro e consagrada a nível Nacional e Internacional com o filme POSITIVAS, Edd Wheeler representante da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop do Rio de Janeiro, Márcio , Assessor de Hip Hop da Secretaria de Estado da Cultura, Mirela Araujo da Nação Hip Hop, Ornella Rodrigues da Ong Camara – Centro de Pesquisa e Apoio a Crianças e Adolescentes, entre outros .

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Rappers Legendary se unem para comemorar Zulu Nation; nascimento do hip-hop


Uma série de influentes artistas do hip-hop e ativistas irão se reunir para celebrar o 37 º aniversário da Universal Zulu Nation, uma das mais antigas organizações de Hip-Hop é dedicada ao avanço da cultura.

Chefiada pelo Hip-Hop lenda Afrika Bambaataa, a Zulu Nation foi fundada no início dos anos 1970 como uma maneira para membros da gangue a usar os vários elementos do Hip-Hop (MC'ing, DJ'ing, B-Boying, Graffiti Arte e Conhecimento , Cultura e Entendimento) como uma alternativa à violência.

Desde então, a organização tem floresceu em um movimento mundial, com capítulos no Japão, França, Reino Unido, Austrália, Alemanha, Coreia do Sul e outros países.

Afrika Bambaataa ea Zulu Nation também vai comemorar o aniversário de 36 Hip-Hop a partir de novembro 11-14, com eventos no Bronx e Manhattan.

"Precisamos de todos os nossos irmãos e irmãs que vivem Hip-Hop e afirmam que estão Hip-Hop para reconhecer novembro como Hip-Hop mês da história", disse AllHipHop.com Afrika Bambaataa.

"Vem e apoiar a Universal Zulu Nation aniversário", continuou Afrika Bambaataa. "E precisamos de cada um para fazer alguns trabalhos em cada cidade, país e cidade para pressionar o governo a reconhecer novembro como mês da história do Hip-Hop. Seattle, Washington tem [já] fez isso. Se os seus funcionários não reconhecem que, então como o povo do mundo, as pessoas vão reconhecê-lo. E vamos comemorá-lo para mostrar como a cultura Hip-Hop tem reunia pessoas em todo o mundo. "

Na quinta-feira novembro 11 e sexta-feira, 12 de novembro, uma variedade de artistas vão subir ao palco no Ginásio do Gaúcho, no Bronx.

Bronx Hip-Hop lendas Grandmaster Caz e Mick Benzo sediará as datas, enquanto DJ Jazzy Jay, TC Islã, Grandwizard Theodore, DJ Rob Rockin ', o DJ Johnny Sucos, Cutman LG e outros, vão agitar o toca-discos.

Em 13 de novembro, artistas como The Cold Crush Brothers, O Filho do Bezerk, The Crew Bater, Smooth Da Hustler, Trigga o jogador, Marc Live, Big Ultramagnetic MC's Daddy Kane e The Soul Sonic Force chegará ao palco do Hip-Hop Centro de Cultura no Teatro Magic Johnson's.

O ponto alto da celebração terá lugar no dia 14 de novembro no SOB's, com performances de X-Clan, J. Brother, Isis, Sadat X, Grand Puba, Shante Roxanne, Jasari X, YZ, DJ Tony Touch e outros convidados surpresa .

A Comemoração dos 37 para a Universal Zulu Nation é dedicado às memórias de uma variedade de cujus, lendas rap influentes, incluindo Cowboy dos 5 Furiosos, Wiz Kid, Disco King Mario, Jam Master Jay, Eazy-E, Rudy Pardee, açúcar Shaft, Mr. Magic, Big Pun, Apache, J. Dilla, Roc Raida, Guru e outros.

"Ao celebrarmos o Hip-Hop History Month permite manter em mente que nós, como uma cultura precisam se unir e ter a nossa", disse um antigo membro da Zulu Senhor X. Yoda "Assim como nós celebramos e festa vamos também lembrar que ainda temos trabalho fazer. Devemos ter nossa própria Hip-Hop Multi-Cultural Center, onde podemos nutrir nossos jovens e preservar a nossa história. Vamos manter o ensino ea extensão para a nossa juventude.

"Então, com isso em mente, faça sua peregrinação Hip-Hop para NYC e comemorar com Afrika Bambaataa e A Primeira Família da cultura A Universal Zulu Nation, em novembro 11-14," Senhor X Yoda declarou.

Para mais informações contacte Mickey Benston na Payup100@aol.com.

Seattle McGinn prefeito Michael Proclama de novembro como mês da história do Hip Hop


Seattle McGinn prefeito Michael Proclama de novembro como mês da história do Hip Hop

206 Zulu Ajuda a promover a sensibilização para problemas de Hip Hop e Cultura

SEATTLE, Washington, 1 de novembro 2010-206 Zulu anunciou hoje que o prefeito de Seattle, Michael McGinn, emitiu uma proclamação oficial reconhecendo novembro como Hip Hop History Month, homenageando dois meses do nascimento da cultura Hip Hop e as importantes contribuições feitas por Seattle Hip Artistas Hop nas áreas de Deejaying, Emceeing, B-Boying/Girling, grafite e do Conhecimento. 206 Zulu solicitou ao prefeito no início de outubro para o reconhecimento.

"206 Zulu está animado que o prefeito McGinn reconhece as várias contribuições feitas por artistas de hip hop na comunidade de Seattle", disse o rei Khazm, cadeira de 206 Zulu. "Ser capaz de celebrar Hip Hop History Month em Seattle é uma celebração de todos os trabalho duro, da inovação, sacrifício e dedicação dos artistas locais se famoso ou anônimo. Avançando, nesta ocasião anual irá facilitar os programas de educação complementar para celebrar a cultura de uma maneira positiva. "

Cultura Hip Hop começou na pobreza descuidada e devastou New York City Burroughs, o South Bronx, em novembro de 1974. Hip Hop desde então se tornou uma cultura global e fez um profundo impacto sobre as artes de Seattle ea comunidade de música. Hip Hop em Seattle foi o pioneiro no início para meados de 1980 e tem crescido em todos os seus meios artísticos, conhecidos como os "cinco elementos" ganhando reconhecimento local, nacional e internacional.

O aniversário oficial do Hip Hop é 12 de novembro, 1974. Nos últimos 35 anos, a cultura Hip-Hop tem influenciado grandemente o mundo do entretenimento com sua contribuição criativa na música, dança, arte, poesia e moda.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fórum da Cultura Hip Hop do Vale do Paraíba- SP



POR QUE?
Reconhecer e fortalecer o papel da mulher na sociedade moderna, dentro e fora da cultura Hip Hop. Proporcionar também a oportunidade à sociedade de conhecer e entender esse movimento que tem criado grandes proporções nos últimos anos. E promover a associação da comunidade ao movimento Hip Hop de maneira que esse movimento seja mais uma alternativa para mudar as realidades locais tendo um compromisso social de criação de valores humanos e autonomia.
• Propiciar espaço de formação e atualização de conteúdo para as mulheres que produzem o Hip Hop;
• Buscar novas parcerias;
• Fortalecer os movimentos regionais de mulheres autônomas e dos grupos de Hip Hop nos espaços políticos e culturais;
• Favorecer a troca de experiências com mulheres e homens de outros estados e países;
• Fortalecer um grupo de ação nacional.


Visão
O evento visa discutir as diversas temáticas que envolvem o Movimento Hip Hop, além de divulgar as vertentes do assunto e o universo de ações afirmativas promovida por intermédio do movimento, a integração de seus elementos, culturas afro descendentes e sociedade dividindo experiências com o propósito de popularizar a cultura Hip Hop como parte significativa no processo de reabilitação e conscientização de pessoas. A participação das cidades da região, que além de agregar valor ao evento, ainda poderá contribuir de forma efetiva nos debates e nas atividades programadas, trazendo as experiências de cada município em suas atividades correlatadas.


Acreditamos na cena verdadeira do hip hop seguindo o caminho inverso do eixo comercial, esse evento consolida-se como o movimento artístico e cultural mais importante da região do vale do Paraíba do Estado de São Paulo. O “Fórum da Cultura Hip Hop do Vale do Paraíba- SP” promoverá mesas de discussões, performances de: mc’s, DJs, grafiteiros (as), exibição de vídeos, dança, musica, ações sociais e educativas criando um mosaico de atividades muitas vezes desconhecidas e surpreendentes.


PROGRAMAÇÃO

DIA - 26 DE SETEMBRO

12h30min abertura

13h00min Exibição de vídeos: “Rap de saia” ...

13h30min mesa 1: Hip Hop como instrumento de transformação, conscientização e comercio.

15h30min Mesa 2: Hip hop como instrumento de prevenção ,oportunidade, saúde e lazer.

LOCAL: Auditório da Faculdade Anhanguera, situada na Avenida. João Batista de Souza Soares, 4121, Jardim Morumbi, São José dos Campos- SP


Projeto Minas Do Vale Interligando Idéias

O Projeto Minas do Vale surgiu em meados do ano de 2005, com o objetivo de dar visibilidade à mulher em todos os aspectos no cenário da Cultura Hip Hop. Ao longo desses cinco anos o projeto tem participado como colaborador em eventos de vários tipos de discussões, onde o Hip Hop é usado como meio de chamar as pessoas á discutirem assuntos de tanta importância, mas, muitas vezes ignorado pela maioria do público adepto dessa cultura. Tendo como alvo o público feminino, mas abrindo sua discussão para todos os demais públicos, tem conquistado espaço, consideração e respeito. O projeto Minas do Vale tem representado o Vale do Paraíba e mais especificamente a cidade de São José dos Campos em vários eventos pelo estado de São Paulo, como por exemplo: Carapicuíba, Guaratinguetá e São Paulo Capital, com discussões como: Violência doméstica, DST AIDS, O papel da mulher negra na sociedade e na política, Lei Maria da Penha e Tráfico de pessoas.
Fazem parte do projeto: Simeire Queiroz de Andrade, Ariadna da Mata Chagas Nascimento, Pauline dos Santos Silva e Daniele Augusta da Mata.


“Projeto Minas do Vale”

Rua Piraju, nº 246 - Bosque dos Eucaliptos – São Jose dos Campos / SP - Brasil. CEP 12233-780 Fone: (12) 88366131 Ariadna / (12)88230913 Pauline / e mail: minasdovale@yahoo.com.br

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Afrika Bambaataa pode ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz.


Ele foi o grande influenciador de gerações por meio de uma Cultura (também criada por ele) que trouxe a Paz e o Respeito aos bairros pobres de Nova York, em um período onde as gangues e as drogas dominavam as ruas em disputas sangrentas pela conquista de território…
Sua proposta libertária de vida ultrapassou as fronteiras do mapa e alcançou todo o Planeta através de quatro poderosos elementos: “DJ”, “Break Dance”, “MC” e “Graffiti”…
Suas reflexões acerca do “Conhecimento”, o 5º e principal elemento a ser seguido por seus adeptos, permitiu, não apenas que o preconceito entre etnias e raças caísse por terra, como proporcionou a compreensão e difusão desta Nova Cultura como filosofia positiva de vida para jovens, antes desassistidos socialmente em suas respectivas nações – porém, sempre respeitando e nunca interferindo em suas tradições culturais naturais, pelo contrário, primando sempre pela preservação destas.
Este é Kevin Donovan, conhecido mundialmente como “Afrika Bambaataa”.
Nascido no Bronx (NYC), em 19 de abril de 1957, Bambaataa foi líder da mais temida gangue de seu bairro, a “Black Spades”, e após a morte de um querido membro de sua gangue, ao invés de dar prosseguimento a um confronto sem sentido em prol da honra de seu amigo, se auto-conscientizou acerca dos valores perdidos entre os incessantes conflitos envolvendo negros e latinos, resolvendo dar um basta às guerras…
Neste momento ele e seus amigos iniciaram no gueto um movimento pacifista entre as gangues criando em 12 de novembro de 1973 a “Universal Zulu Nation”, entidade que traria em sua bagagem valores de “Paz, Unidade, Amor e Diversão (com consciência)”.
Precisamente um ano após a criação da UZN, temendo pelo retorno de muitos ex-membros ao sombrio ambiente das gangues, Afrika Bambaataa resolve desenvolver uma filosofia de vida capaz de mantê-los distante de problemas, exercitando suas mentes no desenvolvimento e aprimoramento de seus dons artísticos: eis que surge o “Hip-Hop”, Movimento Cultural que se tornou a influência de muitos jovens, em todos os cantos do mundo, devido a sua origem histórica.
Ao longo de sua peregrinação pelo mundo em favor de um Hip-Hop autêntico, digno moral e socialmente e acessível a todos, Bambaataa esteve também a frente de movimentos importantes apoiando campanhas como “Libertem James Brown” – durante o período em que o Pai do Soul e do Funk esteve preso – e contra o “Apartheid”, na África do Sul.
Desde então sua prioridade maior é tornar o verdadeiro Hip-Hop um instrumento propiciador (direto e ou indireto) de melhores condições de vida para jovens no mundo inteiro, fundando através das afiliações Zulus centros sociais que potencializadores na formação profissional e intelectual destes.
E agora, pelo reconhecimento de suas ações sociais em todo o mundo através do Hip-Hop, “Afrika Bambaataa” está prestes a se tornar um nome a ser indicado ao “Prêmio Nobel da Paz”, tal qual “Martin Luther King” foi merecedor em 1964, “Desmond Tutu” em 1984 e “Nelson Mandela” em 1993.
A indicação da personalidade ao Prêmio é baseada numa petição exposta à escolha popular. Dependendo do total de cooperadores nessa petição, o indicado passa a fazer parte de uma lista de nomes indicados ao Prêmio no respectivo ano… A partir dali uma comissão abalizada analisará o histórico de cada indicado… A premiação é de caráter anual acontece sempre no dia 10 de dezembro, aniversário de morte do químico sueco Alfred Nobel, seu criador.
Portanto, se você acredita que o Hip-Hop teve ou tem um papel importante em sua vida, no sentido de guiá-lo a realizações positivas perante a sociedade, direto ou indiretamente, compreenda que existiu alguém um alguém que foi colocado a duras provas para trazer até você um Movimento Completo em auxílio a sua formação moral, por meio dos seus elementos culturais… Este alguém é “Afrika Bambaataa”!
Se você pensa desta maneira, então acesse http://www.ipetitions.com/petition/nobel4bambaataa/ e contribua para o reconhecimento de uma Cultura com o poder de resgatar vidas tidas pela sociedade como irrecuperáveis…
Vida Longa à Universal Zulu Nation!
Vida Longa à Afrika Bambaataa!
Vida Longa à Cultura Hip-Hop!
Zulu TR.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

PROJETO DE VOLTA AS ORIGENS - HIP HOP EM AÇÃO









PISTAS ABERTAS 12
SESC S. J. Campos

Espaço de expressão da cultura jovem, o projeto do SESC São José dos Campos abriga manisfestações artísticas feitas por e para jovens de 15 a 24 anos, apontando caminhos, rumos e pistas para sua formação a partir de suas próprias escolhas e linguagens.

Com direito à canja do pioneiro do Hip Hop no Brasil, DJ Hum, O Projeto de volta as Origens que acontece nas edições dos Ações juventude estará organizando uma batalha de breaking dupla (2x2), e junto uma Jam de Danças Urbanas, nos toca discos DJ Dede 3 D, e na apresentação Betinho, Zelito e Adivan, as inscrições iniciarão as 13 horas, com uma previa seleção e as 15 H começarão as batalhas de Breaking, e algumas apresentações de atividades ligadas ao Hip Hop local. esse evento é uma realização de SESC SJC e Secretaria da Juventude de São José dos Campos.

DIA - 14 DE AGOSTO
HORARIO - 13H
LOCAL - SESC
av. Adhemar de Barros, 999
Jardim São Dimas
São José dos Campos - SP
telefone: 12 3904-2000

quinta-feira, 27 de maio de 2010

DANÇAS URBANAS - ORIGENS, HISTORIAS E VARIANTES


Breakdance (também conhecido como breaking ou b - boying em alguns lugares) é um estilo de dança de rua, parte da cultura do Hip-Hop criada por afro-americanos e latinos na década de 1970 em Nova Iorque, Estados Unidos. Normalmente é dançada ao som do Hip-Hop ou de Electro. O breakdancer, breaker, B-boy, ou B-girl é o nome dado a pessoa dedicada ao breakdance e que pratica o mesmo. Inicialmente, o breakdance era utilizado como manifestação popular e alternativa de jovens para não entrar em gangues de rua, que tomavam Nova Iorque em meados da década de 1970.[1] Atualmente, o brakdance é utilizado como meio de recreação ou competição no mundo inteiro.

O principal artista da época não era Mister Dynamite (Senhor Dinamite) James Brown, conhecido não só por sua voz ou canções, mas também por toda sua performance estética, que deu origem a todos os pop-stars que vemos hoje em dia. (Ex: Michael Jackson, Prince, Britney Spears e etc.). James Brown era idolatrado principalmente nos redutos negros e latinos das grandes metrópolis e influenciava todos os jovens com sua dança, chamada Good Foot (Pé Bom). No Brasil essa dança é chamada de Soul, pois é o estilo de música que Brown cantava.

No Bronx, a influência do Good Foot levou à criação de uma dança chamada Top Rocking (Dança em cima). Essa dança usava qualquer tipo de provocação vistas na TV, em filmes, etc. Preferiam provocar a brigar, na mais pura malandragem, utilizando a dança. Nesta mesma época, no Brooklyn, o que víamos era praticamente a mesma dança, utilizando passos diferentes além da combinação de ataques e defesas simultâneas, feitas por mais de um dançarino. Esta dança foi chamada de Brooklyn-Rock (Dança do Brooklyn) ou Up-Rock. Devido ao grande sucesso, surgiram equipas especializadas em combater com o Up-Rock.

O Bronx, notando que sua dança era menos chamativa que o Brooklyn-Rock já que este contava a participação de mais de um dançarino o confronto entre esses dois Up-Rockers era muito mais contundente que a de um Top-Rocker começou-se a experimentar novas concepções; com isso o Top-Rock rapidamente desceu para o chão criando-se o Floor-Rock (Dança de chão) ou Foot Work (Trabalhos dos pés). Essa dança consiste em praticamente se dançar o Top-Rocking em movimentos circulares de acordo com ritmo da música logicamente com as mãos e pés no chão ao mesmo tempo. O término deste movimento chama-se de freeze (congelar); a força, rapidez e ousadia rapidamente suplantou o cenário Up-Rocking. A partir desse momento todos queriam fazer Foot Work na importando se fosse Up ou Top-Rocker.

Nas Block Parties o pessoal esperava Kool Herc começar a brincar com os Breaks (intervalos de compasso) e fabricar os beats. Como essas festas aconteciam principalmente no Bronx a dança predominante era o Top ou Floor Rocking então Kool Herc costumava pegar o microfone e anunciava a performance dos B-boys, aqueles que dançam nos intervalos da música. Com isso toda a dança do Bronx e Brooklyn acabaram sendo unificadas sob o nome de B-boying.

Em 1969, quando foi lançada a música Get on the good foot (Entre no Passo Certo), a dança não ficou restrita ao Bronx e Brooklyn em Nova Iorque. Ela aportou na Costa Oeste, mais precisamente em Los Angeles, dando origem a uma dança chamada Locking (Travar); esta recebeu a influência de uma dança chamada Funky Chick (Pintinho Funkeiro) e Hustle (gíria para maquiavélico). O Locking é uma dança atípica e por isso é considerada uma das mais complexas de execução, por que ao mesmo tempo em que se tem o Funk e Soul que fluem harmoniosamente ao ritmo da música tem se os Locks, congelando devastadoramente a dança. A complexidade aparece justamente na junção destes extremos. A pergunta é: eu devo ter mais Swing ou técnica para travar meu corpo? É evidente que o equilíbrio é o mais viável e torna essa dança tão gostosa de se apreciar.

Em Fresno, na Califórnia, cria-se com influências de séries de ficção científica, danças robóticas que imitavam os movimentos mecânicos. Na limitação de movimentos proporcionados a um robô começa-se a imitar ondas por todos os membros do corpo, dedos, braços, pernas, tórax e etc.

Dá-se o nome a essas técnicas de Boogalooing (sem tradução); a verdade que é contada é a seguinte: O tio do Boogaloo Sam (personificador da dança) teria inventado o termo Boogaloo pois não conseguia achar definição para tais movimentos.

Em Los Angeles ela é conhecida por Popping (Estalo das articulações). E em Nova Iorque quando foi conhecida por volta de 1979 chamaram-na de Boogie, assim como o B-boying foi conhecido primeiro como Breakdance em Los Angeles em 82.

No Boom do Break que aconteceu mundialmente, todas as danças não importavam se fosse Locking ou B-boying ou Popping apareciam sob o nome até hoje conhecido mundialmente pela mídia como Breakdance.

Vários grupos aderiram ao break, os grupos são denominados de "crew" que em inglês significa equipe,o que hoje parece moda vai muito além de vestir uma roupa ou um boné e sair por ai dizendo "sou do break ou sou do hip hop" a cultura é bem mais alta é na verdade uma manifestação do movimento hip-hop.

As primeiras manifestações surgiram na época da grande crise económica dos EUA, em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas fazer seus shows.

Em 1967, o cantor James Brown lançou essa dança através do Funk. O Break, uma das vertentes do Street Dance, explodiu nos EUA em 1982 sob a influência e sucesso do cantor Michael Jackson, expandiu-se mundialmente, sendo que, no Brasil, devido à sua cultura, os dançarinos incorporaram novos elementos de dança.

Em Janeiro de 1991, foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino, baseado em trabalho prático e de pesquisa, desde 1982.

O curso virou projeto e para alguns “religião”, sempre com o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Santos.

Hoje sua repercussão mundial, retrata o reconhecimento do trabalho e não um simples modismo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Batalha de danças Urbanas - Festidança 2010

festidança


A Batalha de Danças Urbanas foi criada no ano passado e o sucesso fez com que a organização decidisse ampliar a participação dos interessados de todo o país. Confirmaram a participação 51 bailarinos, sendo 20 de Break Dance, 14 de Popping e 17 de Hip Hop-Free Style que são eles;

Break Dance

* BBOY JEFF (ADRIANO DOS SANTOS LEONEL) - TAUBATÉ/SP
* BBOY ALEX SATF (ALEX SANDRO A. T. N. FRÍEDS) – GUARAREMA/SP
* BBOY STIL (THIAGO PEREIRA RODRIGUES) – JACAREÍ/SP
* BBOY BEAT SQUADM (BRUNO HENRIQUE B. MATA) - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP
* BBOY PEDRA (BRUNO ISRAEL DE MORAES ABRAO) – CAMPINAS/SP
* BBOY BINHO (CARLOS ARAUJO DIAS DE JESUS) - SÃO PAULO/SP
* BBOY TITO (CLAYTON MARQUES DE OLIVEIRA) - SJCAMPOS/SP
* BBOY DINHO STIL (WENDER SOUZA) – CURITIBA/PR
* BBOY DELOG (DIOGO BORSOIS AMANCIO) - SJCAMPOS/SP
* BBOY FLOWJACK ORIGINAL (JACKSON JONES F. CONCEIÇÃO) – BAGÉ/RS
* BBOY GERSON (GERSON CARDOSO FELINTO) – DIADEMA/SP
* BBOY MAGRÃO (HENRIQUE XIMENES DA SILVA) – CAMPINAS/SP
* BGIRL INGRID (INGRID NATALI TELES FREIRE ) - SÃO PAULO/SP
* BBOY JEAN (JEAN GOMES DE OLIVEIRA) - BRAGANÇA PAULISTA/SP
* BBOY BUGSTYLE (LUIZ LUCAS T. TEIXEIRA) - SJCAMPOS/SP
* BBOY FRÁGIL (ORIVAN OLIVEIRA DA SILVA) – GUARUJÁ/SP
* BBOY K-RO$$O (PAULO CESAR CHAGAS) - FRANCO DA ROCHA/SP
* BBOY RAFA STIL (RAFAEL MORAIS DOS SANTOS) – CURITIBA/PR
* BBOY TREYS (RICARDO LUIZ DA SILVA) - FRANCO DA ROCHA/SP
* BBOY CHRIS (CHRISTIAN TÁVORA RAMOS) - SJCAMPOS/SP

Hip Hop Freestyle

* ALEXANDRE (ALEXANDRE RODOLFO DE SOUZA) - SJCAMPOS/SP
* ANDRÉ TEVEZ (ANDRÉ TEIXEIRA DOS SANTOS) – CAMPINAS/SP
* BRUNO WILLIAM (BRUNO WILLIAM RODRIGUES) – SJCAMPOS/SP
* DANILO (DANILO VITORIO DE LIMA) - SÃO PAULO/SP
* PICHULA (EDSON RAFAEL JORGE) – SJCAMPOS/SP
* PIUPIU (FABRICIO DOS SANTOS EUSTÁQUIO) - BELO HORIZONTE/MG
* NANDO (FERNANDO DA SILVA) - RIO GRANDE/RS
* VALL (GENIVAL JOSÉ DE SANTANA) - SÃO VICENTE/SP
* HENRY (HENRY DE CAMARGO) - JUNDIAÍ/SP
* LUCIANO (LUCIANO AUGUSTO DO NASCIMENTO) - SÃO PAULO/SP
* MARCIO "FSF" (MARCIO ALVES DA SILVA) - MOGI DAS CRUZES/SP
* PAM (PÂMELA ALVES DA SILVA) - JACAREÍ/SP
* PETERSON CORREIA (PETERSON DA SILVA CORREIA) - SÃO PAULO/SP
* RITASOUL (RITA DE CASSIA CAMPOS) - SJCAMPOS/SP
* MICHILIN (RODRIGO SOARES DA SILVA) - SUMARÉ/SP
* K.BELO (SEBASTIÃO LEANDRO RODRIGUES) - SÃO PAULO/SP
* VOVO UANTPI (UANDERSON DE OLIVEIRA FARIAS) –PELOTAS/RS

Popping

* POPPER DIL FUNKAHOLIC'S (ADILSON RAMOS DE LIMA) - SÃO PAULO/SP
* POPPER GABRIEL BILA (GABRIEL WOELKE SANTINHO) - BAURU/SP
* POPPER JEFFERSON (JEFFERSON NEVES DA SILVA) - SJCAMPOS/SP
* POPPER JP-BLACK (JOÃO PAULO FELIX DA CRUZ) - RIO DE JANEIRO/RJ
* POPPER WILL (JOÃO RAFAEL FERREIRA) - CAMPINAS/SP
* POPPER JUNINHO (JURANDIR CAMINI JUNIOR) - MOGI DAS CRUZES/SP
* POPPER LEY (LEANDRO DOS SANTOS DE OLIVEIRA) - SANTOS/SP
* POPPER LEANDRO SALADA (LEANDRO OLIVEIRA DOS SANTOS) - SÃO PAULO/SP
* POPPER LEO ECLIPSE ( LEONARDO MOLOGNI) - CAMPINAS/SP
* POPPER PAULINHO (PAULO ROBERTO MARQUES DOS SANTOS) - SÃO VICENTE/SP
* POPPER RENAN (RENAN PAULO MOREIRA) - MOGI DAS CRUZES/SP
* POPPER VOVO UANTPI (UANDERSON DE OLIVEIRA FARIAS) – PELOTAS/RS
* POPPER MASK (WILL ROBISON DA SILVA) - PAULISTA/PE
* POPPER WILLIAM (WILLIAM BISPO PEREIRA) - CAMPINAS/SP

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Referência para inúmeros artistas negros, Malcolm X faria 85 anos hoje



Ele era um excelente aluno e um dia resolveu falar para seu professor que queria ser advogado. O mestre riu de sua cara e respondeu que no máximo seria carpinteiro. Essa pequena cena é sintomática na formação do grande Malcolm X, que ao lado de Martin Luther King, é um dos responsáveis pelas conquistas dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e exemplo para as lutas contra o racismo em todo o mundo. O lider que nasceu Malcolm Little e depois, ao se converter ao islamismo, tornou-se El Hajj Malik El Shabazz, faria 85 anos nesta quarta-feira (19), se não fosse tragicamente assassinato em 1965.

Veja a cena em inglês da morte de Malcolm X reconstituída ficcionalmente no hoje clássico filme de Spike Lee, Malcolm X, que rendeu a Denzel Washington, a indicação ao Oscar de melhor ator em 1992:



Com uma infância paupérrima, sua adolescência e o começo da fase adulta foram na bandidagem até ser preso. Sobre os anos de prisão, ele declarou: “A prisão, depois da universidade, é o melhor lugar para uma pessoa ir, se ela estiver motivada, pode mudar sua vida”. Na cadeia, Malcolm se converteu ao islamismo.

Durante os anos de conversão, divulgou a seita religiosa Nação do Islã que tinha como tese que Deus criou primeiramente o homem negro e o homem branco é uma invenção de um cientista louco negro chamado Yakub.

Expulso da seita por ciúmes de seus participantes, ele funda a Organização da Unidade Afro-Americana. Sua linha de militância passava por 3 pontos vitais: O islamismo, o socialismo e a violência como resposta ao racismo.

E foi exatamente essa mesma violência que o matou, em 1965, com 16 tiros à queima-roupa, transformando o homem em mito.



Sua influência perdura até hoje, seja no rap com Afrika Bambaataa, Public Enemy ou Jay-Z, como no cinema representado na figura de Spike Lee. Até nos esportes ele provocou mudanças, o grande Cassius Clay alterou seu nome para Muhammad Ali por influência das ideias de X. E com certeza, sua figura será sempre acionada enquanto houver racismo no mundo.

Vitor Angelo

Publicado em 19/05/2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

PROJETO DE VOLTA AS ORIGENS - SJC


TENDA HIP HOP EM AÇÃO

BATALHA DE BREAKING 2X2 (32 duplas)

BATALHA DE MC'S 1X1 (32 mc's)



SELETIVAS

DIA: 22 DE Maio
Local; Poliesportivo Campos dos Alemães
Horario: 13 horas
Participantes: 16 duplas (Breaking) - 16 Mc's

DIA: 12 de junho
Local; Poliesportivo Jd Cerejeiras
Horario: 13 horas

Participantes: 16 duplas (Breaking) - 16 Mc's

FINAL
DIA: 03 de julho
Local; Parque da Cidade
Horario: 13 horas

Participantes: 16 duplas (Breaking) - 16 Mc's


PREMIAÇÃO - TROFEÚS E PREMIOS


REGULAMENTO E CRITERIOS DE AVALIAÇÃO E INSCRIÇÃO

COMUNIDADE - DE VOLTA AS RAIZES - TENDA HIP HOP EM AÇÃO


www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=30657200

Peça sua inscrição - zulubetinho@hotmail.com


segunda-feira, 3 de maio de 2010

PREMIO HIP HOP - MINC



Cultura Hip Hop: conheça as categorias e premiações Imprimir E-mail

Serão contempladas 135 iniciativas de todo Brasil. Mais de R$ 1,7 milhão serão distribuídos em prêmios.



No último dia 11 de março, durante a II Conferência Nacional de Cultura, em Brasília, foi lançado o Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez. O Edital é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – do Ministério da Cultura -, em parceria com o instituto Empreender e a Ação Educativa. O objetivo é selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil.

Nesta primeira edição, o concurso presta homenagem póstuma ao músico maranhense Márcio Vicente Góes (1971-2004), o rapper Preto Ghóez, um dos líderes do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil (MOHHB).
A premiação conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão e contemplará 135 iniciativas de pessoas físicas, instituições e grupos informais nas seguintes categorias: Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento (5º elemento) e Conexões.

Oficinas de Capacitação

Com o objetivo de esclarecer os principais detalhes sobre o Prêmio, a SID/MinC realizará uma oficina de capacitação para os integrantes dos Pontos de Cultura Hip Hop dentro das atividades da Teia Brasil 2010 - Tambores Digitais. O encontro acontece nos dias 26 e 27 de março, das 09h às 12h, no Cine 1 do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza. Os interessados poderão se inscrever no local. A Oficina será ministrada pela Chefe de Divisão da SID, Thaís Werneck e representantes da Ação Educativa. O Centro Cultural Dragão do Mar fica na Avenida Almirante Tamandaré, nº 310.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e estarão abertas em breve. Os interessados poderão encaminhar suas propostas pelos Correios ou preencher os formulários eletrônicos. Os critérios, procedimentos e formulários de inscrição, necessários para a participação, estarão disponíveis nas seguintes páginas eletrônicas:

www.premiohiphop.org.br;
www.cultura.gov.br/diversidade;
www.institutoempreeender.org

Conheça as Categorias

Reconhecimento: destinada a honrar personalidades ou coletivos importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop no país, ao longo do tempo.
- 10 prêmios, sendo dois para cada macrorregião do país.

Escola de Rua: voltada para iniciativas que, por meio dos elementos do Hip Hop, desenvolvam ações sócio-educativas, seja a partir de pedagogias tradicionais ou inovadoras.
- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.

Correria: iniciativas que incidem sobre a geração de renda ou que criem oportunidades de trabalho para os envolvidos, tais como a criação de eventos e a confecção de produtos, dentre outras.
- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.

Conhecimento: iniciativas que fomentem a realização de encontros, seminários e debates, ou a produção de estratégias para a difusão do Hip Hop.
- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.

Conexões: iniciativas que promovam o intercâmbio com outras formas artísticas afins à cultura Hip Hop, em particular as expressões culturais afrodescendentes, criando novas associações, incorporações estéticas e políticas, para além dos quatro elementos consagrados (Break, MC, DJ e Graffiti).
- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.

O movimento Hip Hop é uma expressão da cultura urbana, com desdobramentos em diversas manifestações artísticas, tais como a dança, a música e as artes plásticas.

No Brasil, o movimento surgiu em meados da década de 80, nos tradicionais encontros que aconteciam na Rua 24 de Maio, região central da cidade de São Paulo. Nomes como Nino Brown, da Casa do Hip Hop, Thaide e DJ Hum fizeram parte desta história. A canção “Soul do Hip Hop”, de autoria de Thaíde e Dj Hum mostra como a cultura hip hop é retratada pelos artistas. Grupos como os Racionais MC’s, representantes da segunda geração, tornaram o movimento conhecido e respeitado em todo o país.

Atualmente, a nova geração tem conquistado um público que vai além das periferias. Grafiteiros, como Os Gêmeos, alcançaram outro status expondo suas obras nos principais museus do mundo.

Serviço
Inscrições: de 06 de abril a 05 de julho.
Contemplados: Iniciativas individuais, de grupos informais e instituições.
Valor do prêmio: R$ 13 mil para cada inciativa.
Informações: www.premiohiphop.org.br, ou pelo endereço eletrônico: premiohiphop@acaoeducativa.org
Twitter: @premiohiphop

Assessoria de Imprensa: Alexandre De Maio
Tel.(11) 64077784
Endereço eletrônico: alexandre.de.maio@hotmail.com

Afrika Bambaataa em Salvador

sexta-feira, 30 de abril de 2010

DE VOLTA AS ORIGENS - AÇÃO JUVENTUDE


The True School Park Jam Series | Afrika Bambaataa / Jazzy Jay / Red Ale...



Título: Afrika Bambaataa, Kool DJ Red Alert, e Jay DJ Jazzy / The True School Série Jam Park / 7.16.09 / Filmado e editado por Mark Carranceja / Apresentado por Ferramentas de Guerra / Música: "Sua Just Begun" The Jimmy Castor Bunch e "Its Your Thing" Funkadelic noisemakermedia.com / myspace.com / toolsofwar

Afrika Bambaataa, Kool DJ Red Alert, eo original se reunir Jazzy Jay nas rodas de aço, pela primeira vez em mais de 25 anos. Muitos têm negligenciado o fato de estes indivíduos são os principais responsáveis para a gênese da cultura hip hop.

Mark Noisemaker Media Carranceja estava no lugar certo e na hora certa para captar este momento histórico na história do hip hop. Carranceja é tranquilo e se tornando um dos mais procurados após o cineasta / diretores de vídeos musicais na indústria e, através desta edição de curta distância, ele nos mostra porque a sua visão única personifica a essência da cultura hip hop.

A Verdadeira Escola Parque Jam Series é possibilitada pela Christie Z Pabon [Tools of War, E.U.A. DMC] e Pabon Fabel [UZN, RSC, Tools of War]. Seu trabalho duro e dedicação para a preservação do DJ e da cultura hip hop permite pelo menos uma vez na vida momentos como este.

Afrika Bambaataa, Kool DJ Red Alert, and DJ Jazzy Jay / The True School ...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

24 -04
13H
POLIESPORTIVO ALTOS DE SANTANA

O objetivo do programa é proporcionar lazer, cultura, esporte, informação e serviços aos jovens da cidade por meio de diversas atividades praticadas pelos jovens e, também, pelas demais secretarias municipais, Fundação Cultural Cassiano Ricardo, Centro de Apoio ao Cidadão (CAC), Poupatempo, Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas), entre outros parceiros. A orientação sobre o uso e abuso e dálcool e drogas também é um dos objetivos da Ação Juventude.






TENDA HIP HOP EM AÇÃO

LANÇAMENTO
DO
DE VOLTA AS RAIZES

segunda-feira, 5 de abril de 2010

AFRIKA BAMBAATAA



Nome :Kevin Donovan
Data de nascimento:19 de Abril de 1957 (52 anos)
Origem: Bronx, Nova Iorque
País: Estados Unidos
Gêneros: Hip-Hop, Electro, Funk
Instrumentos: Toca-discos, caixa de ritmos, Sintetizador
Período em atividade 1985 - presente
Outras ocupações: DJ, Produtor musical, Ativista
Gravadoras: Tommy Boy Records, EMI
Afiliações: Zulu Nation, Soulsonic Force, Time Zone, Shango, Hydrauic Funk, Nebula Funk, Afrika Bambaataa and Family, Cosmic Force, Jazzy 5, Arthur Baker, John Lydon, James Brown, George Clinton, Bootsy Collins, Sly & the Family Stone, Bill Laswell, Jungle Brothers

Afrika Bambaataa é o pseudônimo de Kevin Donovan (Bronx, Nova York, 19 de abril de 1957) é um DJ estado-unidense e líder da Zulu Nation, reconhecido como fundador oficial do Hip Hop.

Nasceu e foi criado no Bronx e, quando jovem, fazia parte de uma gangue chamada Black Spades (Espadas Negras, em português), mas viu que as brigas entre as gangues não levariam a lugar nenhum. Muitos dos membros originais da Zulu Nation também faziam parte da Black Spades, que era uma das maiores e mais temidas gangues de Nova York. Bambaataa se utilizou de muitas gravações já existentes de diferentes tipos de música para criar Raps. Usando sons, que iam desde James Brown (o pai do Funk) até o som eletrônico da música “Trans-Europe Express” (da banda européia Kraftwerk), e misturando ao canto falado trazido pelo DJ jamaicano Kool Herc, Bambaataa criou a música “Planet Rock”, que hoje é um clássico. Bambaataa também foi um dos líderes do Movimento Libertem James Brown, criado quando o mestre da Soul Music estava preso e, anos depois, foi o primeiro ‘Hip-Hopper’ a trabalhar com James Brown, gravando “Peace, Love & Unity”. Bambaataa criou as bases para surgimento do Miami Bass, Freestyle (gênero musical), ritmos que infuênciaram o Funk.

ÍCONE Afrika Bambaataa, precursor do hip hop, volta ao Brasil e faz turnê nacional
O Padrinho está na cidade. O homem que no início da década de 1980 plantou as bases do hip hop - e, consequentemente, de boa parte da música pop e eletrônica que se produz hoje no mundo, incluindo o funk carioca - está desde terça-feira no Rio, mais uma vez, para dar a partida em uma turnê nacional que começa esta quinta no Circo Voador, em noite com a participação de Mr. Catra e Marcelo D2. Sua figura gigantesca, o séquito que o acompanha e seu discurso filosófico-apocalíptico-conspiratório fazem Afrika Bambaataa parecer um líder religioso ou um patriarca de uma máfia do bem. Na base de sua Zulu Nation (organização de ambições planetárias criada para difundir valores como amor, solidariedade e compreensão), porém, está um desejo simples:
- Quando comecei a misturar sons (a eletrônica cerebral de Kraftwerk com o suingue do funk de George Clinton na fundadora "Planet Rock", por exemplo), queria apenas que as pessoas do mundo inteiro pudessem festejar juntas, sob o som do funk - conta Bambaataa, cuja influência pode ser claramente ouvida hoje em canções como "Boom boom pow", hit dos Black Eyed Peas. - Porque pode ser funk carioca, electro funk, hip hop funk, techno funk, rock funk. Mas sempre funk. Sempre fazendo as pessoas dançarem com a música ("Dance to the music"), como Sly & The Family Stone diziam.
Nem sempre Bambaataa foi um pregador da paz universal. Nascido Kevin Donovan, cresceu no Bronx, onde se tornou um líder da gangue Black Spades, uma das mais fortes da região. Até que, numa viagem pela África no início dos anos 1970, assistiu ao filme "Zulu", sobre a luta entre africanos e ingleses no século XIX. Do documentário, retirou o nome Afrika Bambaataa e decidiu dedicar esforços a cooptar jovens das gangues para sua própria Nação Zulu.
As fronteiras de sua pátria intercontinental se expandiram e logo bateram no Brasil e, especialmente, no Rio. Impossível não ouvir "Planet Rock" sem pensar no funk carioca da década de 1980. Aqui, seus ensinamentos ("Os mandamentos que eu sigo são da Zulu Nation", explicita Marcelo D2 em "Vai vendo") ganharam outras cores e sons, mas Bambaataa ainda se reconhece neles:
- Vejo minha música no funk carioca, definitivamente. É tudo parte do electro funk, é minha família. Aqui, são usados mais os ritmos mais próximos da África (a batida do funk conhecida como "tamborzão" seria um exemplo). O samba (base da alquimia que D2 usa em seu CD "À procura da batida perfeita", cujo título é outra citação a Bambaataa, autor de "Looking for the perfect beat") tem um feeling da África. É realmente quente. E há o canto em português, que soa diferente do inglês - diz o DJ, que conhece Mr. Catra e Marcelo D2 de outros bailes.
- Fui apresentado a Catra há alguns anos. Fomos à sua casa, fizemos uns funks juntos. E estive muitas vezes no palco com Marcelo D2, saímos juntos. É um bom irmão. Aqui, estaremos todos no palco, vou pôr músicas para as pessoas sacudirem seus corpos, se divertirem, esquecerem seus problemas e deixarem seus espíritos livres. Nós três não ensaiaremos. Será apenas "cheguem aí e divirtam-se".
Colecionador de discos com ouvidos abertos para os mais diferentes ritmos do mundo, Bambaataa tem um conhecimento da música brasileira que vai além do funk e do hip hop locais:
- Ouço Tim Maia, BNegão, Bing Man (seu parceiro e amigo), Ed Motta, coisas do funk mais antigo como Gerson King Combo e a Black Rio original. E gosto de bossa nova também, João Gilberto e... aquele cara de "Mas que nada", como é o nome dele? Sergio Mendes - lista Bambaataa, que vem tendo seus passos no Brasil registrados pelo cineasta Paulinho Sacramento para o documentário "35 anos de hip hop - Afrika Bambaataa brazilian tour 2010".
Ao falar do Brasil, ele revela o desejo utópico de construir, com dinheiro de doações, enormes edifícios, centros culturais da Universal Zulu Nation, em cidades do país como Rio, São Paulo e Brasília e em outros lugares do mundo.
- São centros culturais para que jovens possam falar de seus problemas, do que estão pensando, do que estão fazendo. Algo como uma ONU do povo, um Madison Square Garden para o povo. Espaços para espalhar o conhecimento. Porque as pessoas precisam pensar... Do que vocês eram chamados antes de 1492? Os negros que estavam aqui quando Colombo e os portugueses chegaram? Quando pensarmos nisso, então entenderemos que os negros não vieram apenas nos navios negreiros, como conta a História portuguesa. Muitos dos negros que vivem na América hoje são filhos desses que vieram antes deles. Esse é o tipo de História que deveria estar sendo ensinada às pessoas do povo, em vez de continuarem lhes dizendo que elas vieram como escravos.

Por Leonardo Lichote, do jornal O Globo