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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

12 de Novembro - Dia Internacional do Hip Hop

O Hip-Hop emergiu no final da década de 1960 nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As gangues funcionavam como um sistema opressor dentro das próprias periferias - quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas,devendo segui-las rigidamente.
Esses bairros eram essencialmente habitados por imigrantes do Caribe, vindos principalmente da Jamaica. Por lá existiam festas de rua com equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados de Sound System (carros equipados com equipamentos de som, parecidos com trios elétricos). Os Sound System foram levados para o Bronx, um dos bairros de Nova Iorque de maioria negra, pelo DJ Kool Herc, que com doze anos migrou para os Estados Unidos com sua família. Foi Herc quem introduziu o Toast (modo de cantar com levadas bem fraseadas e rimas bem feitas, muitas vezes bem politizadas e outras banais e sexuais, cantadas em cima de reggae instrumental), que daria origem ao rap.
Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Holywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço - assim nasceram as Block Parties.
As gangues foram encontrando naquelas novas formas de arte uma maneira de canalizar a violência em que viviam submersas, e passaram a freqüentar as festas e dançar break, competir com passos de dança e não mais com armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, considerado hoje o padrinho da cultura hip-hop, o idealizador da junção dos elementos, criador do termo hip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção de discos de vinil.
DJ Hollywood foi um DJ de grande importância para o movimento. Apesar12 de tocar ritmos mais pop como a discoteca, foi o primeiro a introduzir em suas festas MCs que animavam com rimas e frases que deram início ao rap. Os MCs passaram a fazer discursos rimados sobre a comunidade, à festa e outros aspectos da vida cotidiana. Taki 183, o grande mestre do Pixo, fez uma revolução em Nova Iorque ao lançar suas "Tags" (assinaturas) por toda cidade, sendo noticiado até no New York Times à época. Depois dele vieram Blade, Zephyr, Seen, Dondi, Futura 2000, Lady Pink, Phase 2, entre outros.
Em 12 de novembro de 1973 foi criada a primeira organização que tinha em seus interesses o hip hop, cuja sede estava situada no bairro do Bronx. A Zulu Nation tem como objetivo acabar com os vários problemas dos jovens dos subúrbios, especialmente a violência. Começaram a organizar "batalhas" não violentas entre gangues com um objetivo pacificador. As batalhas consistiam em uma competição artística.

sábado, 4 de outubro de 2008

Espetaculo de Hip Hop "SÓ PARA QUEM TEM O DOM"



"SÓ PARA QUEM TEM O DOM" , foi o nome do Espetáculo de Hip Hop realizado em Jacareí nos dia 5 e 6 de Julho. O evento reuniu vários adeptos da Cultura Hip Hop do Vale do Paraíba e do Litoral Norte.
Na abertura, um exposição de telas feitas por grafiteiros da região e exposta na "Manhã Cultural" e na Sala mario Lago, justo com uma exposição iconográfica de livros, revistas, jornais, filmes, fanzines, sobre cultura negra e Hip Hop.
Por conta de um verdadeiro espetáculo no palco, grupos de rap como Outra Função, Operação Ap, 4 Suspeitos, Herdeiras D, e as rappers Preta Ary e Meire mostraram o dom de rimar com letras contagiantes e conscientes.
Os DJ's Sleep, 3 D, Gabriel, e Célio Lopes dominaram os toca-discos, realizando em suas performances manobras como scratch's, back to back, break beat, e com isso, levantaram o publico e os B.Boys e as B.Girls que competiram na batalha de break. A plateia foi ao delírio com a qualidade dos dançarinos e das musicas.
Mostrando que a cultura Hip Hop não é só festa, a comissão do evento organizou uma mesa de debates composta por um dos mais respeitados representantes da cultura negra e Hip Hop, King Nino Brown , presidente da ZULU NATION BRASIL.E devido às atividades e as propostas desenvolvidas por militantes da Cultura Hip Hop da região, King Nino Brown nomeou como membros da ZULU NATION BRASIL, os seguintes ZULUS, Zelito e Marli (São José dos Campos), Rayssa (Pindamonhangaba), Oliveira (Guaratinguetá), Valdir, (Caraguá)."Entendo que este evento se tornou um marco para a cultura Hip Hop da nossa região, fortalecendo o intercambio cultural, social e politico na construção de uma rede para a promoção de ações coletivas, garantindo uma unidade politica de todos os envolvidos com o Hip Hop" (Conclui Zulu Oliveira)